quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Parada ali, sentada em uma chão frio com uma caneta e um caderno que esconde o seu verdadeiro ser, e seu verdadeiro sentimento, olhando o seu mundo que todos julgam perfeito, sem saber a dor que sente e como seu peito sangra; Lágrimas escorrem em sua face. e vejo tudo isso bem aqui, fora desse corpo; Agacho lentamente e perto daquele corpo pensante mais cego de tristeza, olho dentro de seus olhos, é a primeira vez que a vejo assim com olhos tristes e sem brilho, com um profundo pesar, e um profundo arrependimento de ter entregue o brilho de seus olhos a quem só queria apagá-los.
Não são apenas suas lágrimas, são agora as minhas também, por não conseguir ajudá-la! Quando sai do seu corpo trouxe comigo a razão, queria dizer que ninguém merece o seu choro, queria abraçá-la e deitá-la em meu colo, e fazê-la entender que não podemos controlar nada! Queria dar-lhe sua razão de volta, mais não posso... estou imóvel em frente aquele corpo desesperado, implorando para a dor ir embora.
A razão veio comigo, mais o coração machucado ainda está ali naquele corpo, quando olho aquele membro que nos deixa vivos; Me assusto e agora entendo o porque do desespero dela: Como? Quem?
Quem a machucou assim? quem arrancou aqueles pedaços?... Meu Deus, quem foi capaz de dilacera-la assim, quem foi capaz de ferir assim o seu coração? Em volta das feridas encontro algo estranho, como um brilho, chegando mais perto, lágrimas rolam em minha face com intensidade, aquele brilho eram restos de amor e de esperança! Olhando em suas memorias entendi, aquela fé em que tinha em quem ser amava, aquele amor que tinha em sei coração, foi dado a quem nunca o mereceu!
Porque o coração quando dado a alguém que o merece, damos um pedaço do nosso coração mais logo recebemos um pedaço do coração da pessoa para suprir o pedaço dado! Mais dela não, só arrancaram, acabaram com o que há de mais puro que há em um ser humano, o amor e a fé!
Nesse momento só me resta voltar aquele corpo frio, e tentar aquece-lo com minha razão, e tentar protege-la de si mesma, e de sua certeza que seu coração nunca mais será o mesmo, o mais triste é que com o amor acabou também a fé que era impresindivel para ela recuperar-se do que a tiraram!
Preciso ir...
Preciso tentar , fazer dela de novo um ser, não só um corpo. Ela precisa de sua razão para conduzi-la, já que sua sensibilidade nunca mais será a mesma!

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